Haddad e Lindbergh seguem culpando Campos Neto por juro alto
Ministro da Fazenda e líder do PT seguem atribuindo a alta da Selic a Roberto Campos Neto, mesmo após sua saída do Banco Central. Reunião do Copom resultou em novo aumento da taxa de juros, agora sob a presidência de Gabriel Galípolo.
Roberto Campos Neto deixou a presidência do Banco Central no fim de 2024, mas ainda é culpado pela alta da Selic por figuras do governo.
No dia 19 de março de 2025, o Copom elevou a Selic de 13,25% para 14,25% e indicou novas altas para a próxima reunião em maio.
Gabriel Galípolo, indicado por Lula, agora dirige o BC, com 4 dos 9 membros do comitê escolhidos por ele. Contudo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu a alta ao antigo presidente Campos Neto, ignorando a nova gestão.
Durante o programa Bom Dia, Ministro, Haddad afirmou que Campos Neto havia predefinido novas altas na Selic para 2025, consistindo em um aumento de 1 ponto percentual em janeiro e outro em março.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, mencionou em suas redes sociais que a política monetária tem efeitos negativos e reforçou a responsabilidade de Campos Neto pelas decisões de dezembro.
Por outro lado, a atual ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que criticou a alta de juros sob Campos Neto, não se manifestou sobre a recente decisão de Galípolo, adotando um tom mais reservado em comparação a críticas anteriores.