Haddad: governo disse ao Congresso que IOF é prerrogativa, mas está aberto a negociar
Haddad reafirma que a definição de alíquotas do IOF é exclusiva do presidente e ressalta a disposição do governo para dialogar com o Congresso Nacional. O ministro também enfatiza a importância de uma reforma tributária justa que proteja a população mais vulnerável.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista que a definição das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é prerrogativa exclusiva do presidente da República.
Segundo Haddad, essa informação já foi comunicada ao Congresso Nacional, mas o governo está aberto ao diálogo sobre o tema.
“Em relação ao IOF, já houve várias decisões de que é prerrogativa do Presidente da República”, destacou.
O ministro ressaltou a relação ativa do Executivo com o Legislativo, afirmando: “Nós nunca saímos da mesa de negociação”.
Haddad afirmou que o governo está comprometido com a responsabilidade fiscal e busca cumprir as metas fiscais de 2025 e 2026. “É bom para o Brasil, não apenas para o presidente Lula”, enfatizou.
Ao discutir a reforma tributária, o ministro defendeu uma maior contribuição dos super-ricos, visando ampliar a base de arrecadação sem prejudicar os mais pobres: “A justiça fiscal é necessária”.
Haddad ilustrou a desigualdade tributária, comparando a carga de uma professora de escola pública, que paga 10% de imposto de renda retido, com a de uma pessoa que ganha um milhão por ano e não está disposta a pagar a mesma porcentagem.