Haddad insiste em IOF e Motta diz que mais imposto não passa
Diálogo sobre alíquotas do IOF é retomado, mas impasse permanece. Reunião entre governo e líderes do Congresso não resultou em avanços significativos.
Reunião inconclusiva entre governo e Congresso ocorreu na noite de 8 de julho de 2025. O objetivo foi discutir a suspensão das alíquotas mais altas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Participantes da reunião: Hugo Motta e Davi Alcolumbre. No dia seguinte, eles se reunirão com líderes partidários para relatar o clima do encontro, mas sem perspectivas de acordo até o momento.
O governo decidiu aumentar o IOF para equilibrar as contas de 2025, mas o Congresso derrubou o decreto presidencial em 27 de junho, com forte apoio na Câmara e votação simbólica no Senado. O governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular essa decisão.
Em 4 de julho, o Ministro Alexandre de Moraes suspendeu os efeitos do decreto e a votação que rejeitava o aumento do IOF, resultando em queda na arrecadação, com R$ 8 bilhões coletados em junho, o maior desde 2005. Em julho, a taxa já voltou a ser cobrada com percentuais anteriores, o que deverá frustrar as receitas federais em cerca de R$ 2 bilhões.
Hugo Motta declarou: “Foi uma reunião para retomar o diálogo... Estamos mais propensos a cortes de despesas, não ao aumento de impostos.” Durante a reunião, o governo expressou descontentamento com a campanha de críticas contra o Congresso e Motta, enfatizando que não apoia essas críticas.
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, também se manifestou contra a estratégia de ataques. No entanto, há percepção no Legislativo de que o governo liberou militâncias para essa campanha.