Haddad não detalhou todas as medidas para compensar IOF, diz Motta
Hugo Motta afirma que o Congresso não está comprometido com a aprovação de novas medidas fiscais propostas pelo governo. Apesar disso, Haddad manterá parte do decreto do IOF e apresentará uma MP para ajustar a arrecadação através de outros impostos.
Presidente da Câmara critica medidas do ministro da Fazenda
Nesta 2ª feira (9.jun.2025), Hugo Motta (Republicanos-PB) declarou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não "precisou" de todas as medidas para compensar a revogação parcial do decreto que elevou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Após reunião com Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Haddad anunciou que o governo editará uma MP (medida provisória) para aumentar impostos e compensar a arrecadação que deixará de obter com a alta no IOF. A meta é um superavit primário de 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto).
Motta afirmou que o Congresso não tem "compromisso" em aprovar o texto que propõe alternativas ao aumento do IOF e que a MP será enviada para evitar aumento de contingenciamento.
Haddad conseguiu manter parte do decreto do IOF, representando uma vitória política sobre os presidentes da Câmara e do Senado, mesmo com a resistência à elevação de impostos.
Antes da reunião, Motta e Alcolumbre haviam dado um ultimato de 10 dias para a revogação do decreto do IOF, que entrou em vigor em 2 de junho de 2025. O prazo expira nesta 3ª feira (10.jun).
No final da reunião, a impressão era de vitória, mas na prática, houve uma derrota política para os presidentes do Congresso, resultando em um aumento de impostos menor do que o inicialmente desejado.