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Haddad poupa Galípolo e culpa Campos Neto por Selic a 15%

Haddad critica taxa Selic em 15% e atribui a situação à gestão anterior do Banco Central. Ministro também destaca novos instrumentos de crédito imobiliário em desenvolvimento para a classe média.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou preocupação com a taxa Selic atual de 15% ao ano durante entrevista à TV Record News.

Haddad atribuiu a culpa pela alta da taxa à gestão anterior do Banco Central, liderada por Roberto Campos Neto, que foi indicado por Jair Bolsonaro. O atual presidente do BC, Gabriel Galípolo, foi nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2023.

O ministro destacou: "Estou preocupado, evidentemente. É uma taxa de juros muito restritiva." Ele criticou o aumento da taxa definido na última reunião de Campos Neto em dezembro de 2022, alegando que isso estabeleceu um compromisso de juros futuros.

Haddad enfatizou a necessidade de cautela na política monetária do BC, para manter a credibilidade da instituição.

Durante a entrevista, o ministro revelou que discutiu com Lula propostas para novos instrumentos de crédito imobiliário para a classe média. Galípolo e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também participaram da reunião.

Ele mencionou que "temos uma avenida para percorrer" no crédito imobiliário, que atualmente representa apenas 10% do PIB, comparado a 30% no Chile e >100% na Austrália.

Além disso, Haddad comentou sobre o novo decreto que incide Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações de risco sacado, afirmando que a mudança era necessária para coibir práticas que evitavam o pagamento do imposto.

O ministro destacou: "O governo fechou a porta dessa transgressão."

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