Haddad quer compensar isenção do IR nos Estados com maior consumo
Ministro da Fazenda afirma que aumento da isenção do IRPF beneficiará estados e municípios através do consumo e massa salarial. No entanto, preocupação com a perda de arrecadação pode levar a pressões no Congresso por mudanças na proposta.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que Estados e municípios não serão impactados pelo aumento da isenção do IRPF para R$ 5.000.
Segundo o Ministério da Fazenda, a redução na retenção do imposto será compensada pelo aumento da massa salarial e do consumo, resultando em uma maior arrecadação com ICMS e ISS.
Uma nova página de perguntas e respostas sobre a isenção foi divulgada pelo ministério.
O Poder360 revelou que Estados e municípios deixarão de arrecadar R$ 25 bilhões com a proposta do governo Lula, sendo metade referente ao IRPF retido na fonte. A estimativa do secretário da Receita Federal não inclui a esfera estadual e municipal.
O projeto de lei pode sofrer pressões no Congresso, especialmente de Estados e municípios preocupados com a perda de arrecadação. Deputados, como Pedro Paulo (PSD-RJ), expressam preocupação mencionando que os recursos do IR são um direito constitucional.
A Constituição determina que a arrecadação do IRPF e do IPI seja distribuída entre União, estados e municípios. A distribuição é como segue:
- Parte 1: Receita compartilhada (50% para Estados, DF e municípios)
- Parte 2: Receita própria dos Estados e municípios
A proposta do presidente Lula abrange isenções de IR para salários até R$ 5.000, o que pode aumentar gastos compulsórios para prefeitos e governadores, impactando severamente a liquidez de entes subnacionais.