Haddad volta a ameaçar Congresso com corte de emendas
Haddad indica congelamento de emendas como retaliação e planeja novas medidas fiscais após derrota no Congresso. Ministro critica a decisão sobre o IOF e reafirma a busca por justiça tributária, mas não explica falta de gestão nos últimos dois anos.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ameaça congelar emendas ao Orçamento como resposta à derrota do governo no Congresso, com a derrubada de decretos que aumentavam o IOF.
Haddad planeja recorrer ao Supremo Tribunal Federal para tentar anular a decisão do Congresso, buscar “nova receita” e realizar cortes. Ele expressou surpresa com a rejeição do decreto.
Durante a entrevista à Folha de S.Paulo, o ministro não explicou por que o governo demorou 2 anos e meio para iniciar medidas de gestão de gastos, mencionando fraudes no Bolsa Família que poderiam economizar R$ 11 bilhões por ano.
Haddad também ignorou questões sobre sua falta de comunicação com o presidente da Câmara, Hugo Motta, criada por não responder a pedidos relacionados ao IOF.
Ele reiterou que a decisão do Congresso é “inconstitucional” e que o governo defenderá a cobrança de impostos mais justos, afirmando que “ricos” não pagam o suficiente.
O ministro fez comparações sobre a carga tributária e a proposta de isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, reduzindo significativamente o número de pagadores de impostos.
Por fim, Haddad admitiu que soube da votação no dia da decisão, indicando falta de atenção às comunicações do Poder Legislativo.