Hamas aceita libertar mais um refém e devolver 4 corpos para avançar com cessar-fogo em Gaza
Hamas propõe libertação de refém israelo-americano e corpos em troca de avanço nas negociações de trégua com Israel. Gabinete israelense avalia proposta, enquanto líderes do Hamas discutem termos com mediadores dos EUA.
Hamas anunciou na sexta-feira (14) disposição para libertar um refém israelo-americano e devolver os corpos de quatro pessoas com dupla nacionalidade, como parte de um acordo para avançar nas negociações de trégua com Israel na Faixa de Gaza.
O grupo declarou que "respondeu positivamente" à proposta de cessar-fogo apresentada na véspera. Em contrapartida, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que o Hamas está em "manipulação e guerra psicológica" e que não cedeu nas negociações.
Uma reunião do gabinete israelense está agendada para sábado (15) para discutir o relatório dos mediadores e decidir sobre a libertação dos reféns.
Dois membros do Hamas condicionaram a liberação do refém e dos corpos ao início das negociações sobre um novo cessar-fogo, incluindo a abertura de passagens e a suspensão do bloqueio humano imposto por Israel.
O porta-voz do Hamas, Abdel-Latif al-Qanoua, declarou que estão trabalhando com mediadores para garantir o sucesso do acordo com Israel. Reuniões entre líderes do Hamas e o negociador de reféns dos Estados Unidos, Adam Boehler, têm buscado a libertação de Edan Alexander, um jovem de Nova Jersey que foi soldado israelense.
Steve Witkoff, enviado especial do presidente Donald Trump, considerou a liberação de Alexander uma "prioridade máxima". Qanoua comentou que a aprovação do Hamas visa a conclusão das fases do acordo.
Taher al-Nunu, dirigente do Hamas, indicou que os quatro corpos pertencem a reféns israelo-americanos. A nova rodada de negociações sobre o cessar-fogo começou no Qatar, com a participação de Witkoff.
As liberações devem ocorrer em troca de prisioneiros palestinos mantidos por Israel, e novos critérios foram acordados, incluindo um aumento no número de detidos a serem soltos em troca dos israelenses.