Hamas está pronto para negociar trégua; Israel prepara resposta

Israel está se preparando para responder após o Hamas ter declarado disposição para negociar um acordo de cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza. Desde o início da operação militar israelense, 32 pessoas morreram neste sábado (5), de acordo com a Defesa Civil.

Uma fonte do governo israelense afirmou à AFP que nenhuma decisão foi tomada até o momento. O gabinete de segurança deve se reunir à noite para discutir a situação.

O Hamas anunciou que está pronto para "começar imediatamente" as negociações, mediadas pelos Estados Unidos, Catar e Egito. O presidente americano, Donald Trump, sugeriu que um acordo poderia ser alcançado "na próxima semana", embora a situação mude constantemente.

Karima Al Ras, moradora de Gaza, expressou esperança por uma trégua, afirmando: "As pessoas esperam desesperadamente por farinha e morrem quando vão buscar comida para seus filhos."

Uma fonte próxima às negociações revelou que a proposta dos EUA prevê uma trégua de 60 dias, durante a qual o Hamas libertaria metade dos reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.

Do total de 251 sequestrados em 7 de outubro de 2023, 49 ainda estão em cativeiro, mas 27 já foram declarados mortos pelo Exército israelense.

O Exército israelense intensificou suas operações na Faixa de Gaza, que enfrenta uma série crise humanitária quase 21 meses após o início das hostilidades. O porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Bassal, confirmou a morte de 32 pessoas em diversas operações.

Um ferido, Mohammed Khafaja, relatou: "A explosão foi aterrorizante, muitas tendas pegaram fogo". O Exército israelense se recusou a comentar os ataques sem coordenadas precisas.

Além disso, a Fundação Humanitária de Gaza informou que dois voluntários americanos ficaram feridos em um ataque contra um centro de distribuição de ajuda, mas estão em condição estável.

As restrições à imprensa em Gaza dificultam a verificação independente das informações. O ataque do Hamas em 7 de outubro matou 1.219 pessoas em Israel, enquanto mais de 57.300 palestinos morreram na ofensiva israelense, segundo dados oficiais.