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Hamas liberta refém israelense-americano da Faixa de Gaza e Trump descreve como ‘gesto de boa fé’

Soldado israelense-americano é libertado pelo Hamas após mais de 600 dias em cativeiro. A família celebra a volta, enquanto a situação de outros reféns permanece incerta em meio ao conflito em Gaza.

DEIR AL-BALAH - O grupo terrorista Hamas libertou um soldado israelense-americano, Edan Alexander, nesta segunda-feira, 12, após mais de 1 ano e meio na Faixa de Gaza. A ação foi unilateral e o presidente dos EUA, Donald Trump, chamou a soltura de “um gesto de boa fé” para encerrar a guerra.

Edan, de 21 anos, foi sequestrado durante um ataque em 7 de outubro de 2023. O Exército de Israel confirmou que ele foi entregue à Cruz Vermelha antes de retornar aos militares israelenses. Sua família se reuniu em Tel Aviv para celebrar, e a avó comentou sobre seu amadurecimento durante o cativeiro.

A libertação foi a primeira desde o rompimento do acordo de cessar-fogo em março. O Hamas propôs liberar todos os reféns em troca de um cessar-fogo de 5 anos, proposta rejeitada por Israel, que promete intensificar os ataques em Gaza. Com o apoio do governo americano, Israel bloqueia ajuda humanitária, aumentando a crise de fome no território.

Nos EUA, moradores de Tenafly, cidade natal de Edan, comemoraram nas ruas. Israel ainda afirma que 58 reféns permanecem em cativeiro. A libertação de Alexander ocorreu antes da chegada de Trump ao Oriente Médio, sua primeira viagem oficial na nova gestão.

Trump qualificou a soltura como um passo importante para a paz na região, e se reuniu com líderes de Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos, sem escala em Israel. O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu se encontrou com enviados dos EUA para discutir os reféns restantes, mas enfrenta críticas por sua abordagem.

O papel de Israel na libertação de Alexander é incerto, e a dependência de uma liderança estrangeira gerou descontentamento entre os israelenses. Questionamentos surgiram sobre a motivação política de Netanyahu ao manter a guerra em Gaza, em vez de priorizar a libertação dos reféns.

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