Hiperinflação ficou para trás, mas ainda há aceleração de preços
Brasil celebra 40 anos de democracia enquanto enfrenta desafios com a inflação, que impacta a popularidade dos governos. Apesar da taxa de 5,06% em fevereiro, o cenário atual é considerado menos extremo do que em décadas passadas.
Brasil celebra 40 anos de democracia neste sábado (15.mar.2025), com a inflação em 5,06% até fevereiro, acima da meta, mas distante dos piores momentos históricos.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) representa uma inflação mais controlada em comparação com a hiperinflação de 1990, que chegou a 6.000% ao ano.
No contexto da redemocratização, a mudança de moedas começou com o cruzeiro em 1985, seguindo por várias outras até o real, estabilizado pelo Plano Real em 1994 sob Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.
A inflação impacta diretamente a popularidade dos presidentes, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva. Sua recente declaração sobre evitar produtos caros gerou memes e críticas.
Historicamente, a inflação já afetou as administrações de Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro. O marco das manifestações de 2013 refletiu descontentamento sobre várias questões sociais, ligadas ao custo de vida.
O Banco Central implementou o regime de metas de inflação em 1999. Atualmente, a meta é de 3% com um limite de descumprimento mais rigoroso, agora revisada a cada 6 meses.
Recentemente, a taxa Selic foi elevada para 13,25% e pode atingir 15% neste ano, o maior nível desde 2006, como medida para controlar uma inflação que está em 4,56% no acumulado dos últimos 12 meses.
O Poder360 está realizando uma série especial sobre os 40 anos de democracia no Brasil, com entrevistas e reportagens.