Hiroshima lembra 80 anos da bomba atômica com apelo contra armas nucleares
Cerimônia em Hiroshima reúne representantes de 120 países para lembrar os 80 anos do bombardeio atômico. A importância do evento é destacada em meio a crescentes tensões globais e apelos pela abolição das armas nucleares.
O Japão realiza nesta quarta-feira (6), uma cerimônia para marcar os 80 anos do bombardeio atômico sobre Hiroshima.
Representantes de cerca de 120 países estão presentes, lembrando os horrores da Segunda Guerra Mundial e pedindo o abandono das armas nucleares.
A cerimônia começou às 8h no horário local (20h em Brasília). Em 6 de agosto de 1945, os EUA lançaram uma bomba atômica sobre Hiroshima, resultando na morte de cerca de 140 mil pessoas. Três dias depois, uma segunda bomba atingiu Nagasaki, matando mais 74 mil pessoas.
Delegações da Palestina e de Taiwan participaram pela primeira vez, enquanto potências nucleares como Rússia, China e Paquistão não estiveram presentes. O Irã confirmou sua participação.
Às 8h15, um minuto de silêncio foi respeitado em memória das vítimas. O prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, destacou a necessidade de paz mundial, citando a atual busca de poderio militar por líderes políticos.
Toshiyuki Mimaki, da Nihon Hidankyo, ressaltou a importância da cerimônia em um contexto geopolítico tenso e defendeu a abolição das armas nucleares, convidando representantes a visitarem o Museu Memorial da Paz.
A transmissão da memória dos sobreviventes, os hibakusha, é um desafio, com a média de idade em 86 anos. Kunihiko Sakuma, de 80 anos, pretende pedir ao primeiro-ministro japonês que o Japão assine o tratado da ONU de proibição das armas nucleares.
No próximo sábado (9), NagasakiRússia pela primeira vez desde o início da guerra na Ucrânia.