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'Hoje, não vejo o Brasil à beira de um precipício fiscal', diz Giannetti

Economistas alertam sobre a urgência de um ajuste fiscal no Brasil antes que uma crise se agrave. A proposta envolve reformas estruturais e uma reavaliação da rigidez orçamentária para garantir melhor uso dos recursos públicos.

Eduardo Giannetti, economista e filósofo, acredita que o Brasil ainda pode realizar um ajuste fiscal a tempo, evitando uma crise econômica. Durante o Anbima Summit em 25 de outubro, ele afirmou que o diagnóstico antecipado é crucial para prevenir problemas maiores.

A Instituição Fiscal Independente (IFI) projetou um déficit primário de R$ 83,1 bilhões até 2025, mas que estará dentro da meta fiscal do governo. Giannetti afirmou que o ajuste deve ocorrer apenas no início do próximo mandato presidencial em 2027, devido à falta de capital político deste governo.

No mesmo evento, Carlos Kawall, economista, questionou a viabilidade do ajuste fiscal em um cenário de polarização política. Ele sugeriu a necessidade de mudanças na Constituição para flexibilizar o Orçamento e criticou a rigidez orçamentária atual.

Giannetti acrescentou que a maior parte da arrecadação vai para a Previdência e juros da dívida pública, afirmando que 23% do orçamento é comprometido com esses gastos. Destacou também que a carga tributária é alta, entre 34% e 33% do PIB, sem a entrega de serviços públicos adequados.

Ana Paula Vescovi, economista-chefe do Santander Brasil, enfatizou a necessidade de melhorar os gastos públicos e focar no prioritário, ressaltando a contradição entre querer mais Estado e rejeitar aumento de impostos.

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