HOME FEEDBACK

Homem que destruiu relógio histórico em 8 de janeiro é preso em Goiás

O mecânico, que havia obtido progressão para o regime semiaberto, foi reincarcerado após uma decisão do ministro Alexandre de Moraes. Ele enfrenta um inquérito por ter obtido a liberdade em desacordo com a legislação vigente.

Antônio Cláudio Alves Ferreira, mecânico responsável pela destruição de um relógio histórico que pertenceu a Dom João VI, foi preso novamente pela Polícia Federal na sexta-feira, 20, em Catalão, Goiás. A prisão ocorreu após sua liberação na quarta-feira, 18, por decisão do juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, de Uberlândia.

Ferreira participou dos atos golpistas em 8 de janeiro de 2023 e teve sua pena progredida para o regime semiaberto, mas sem o uso de tornozeleira eletrônica, conforme argumentação do juiz. No entanto, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais informou existir mais de 4.000 tornozeleiras disponíveis.

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, ordenou que Ferreira retornasse à prisão e que o juiz Lourenço Ribeiro seja investigado por expedir uma decisão além de sua competência legal. Moraes destacou que Ferreira só poderia ter a progressão da pena após cumprir quatro anos da condenação de 17 anos. Até o momento, Ferreira cumpriu apenas dois anos e cinco meses.

Em junho de 2024, Ferreira foi condenado pela Primeira Turma do STF pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, além de ter que pagar R$ 30 milhões em danos morais coletivos.

Ele se apresentou como militante radical, evade-se após os ataques e foi preso 16 dias depois, identificado por técnicas de reconhecimento facial e depoimentos coletados pela PF.

Leia mais em estadao