Honda se prepara para impacto duradouro das tarifas americanas e prevê mais produção nos EUA
Honda se adapta a tarifas nos EUA com foco na produção local e desenvolvimento de novos modelos. Estratégias visam mitigar impactos e fortalecer a posição da empresa no mercado automotivo e de aviação.
Honda se prepara para tarifas nos EUA
A Honda está se preparando para um cenário de tarifas mais duradouro nos Estados Unidos, embora projete um impacto menor que outras montadoras japonesas.
Hideto Yamasaki, presidente e CEO da Honda Aircraft Company, afirma que a estrutura de produção na América do Norte, com 70% concentrada nos EUA, ajuda a mitigar os efeitos das tarifas.
Na entrevista, Yamasaki destacou que, apesar do impacto no mercado americano, a Honda tem uma vantagem por seu fornecimento totalmente baseado em Canadá, EUA e México.
A Labace, maior feira de aviação executiva da América Latina, realizada em São Paulo, registrou 14.157 visitantes e vendas superiores a US$ 150 milhões.
A Honda está em melhor posição do que outras montadoras japonesas, como Subaru e Mazda, e até mesmo em comparação à General Motors, que depende de fornecedores de outros países.
Yamasaki mencionou planos de ampliação da produção nos EUA, enquanto o impacto das tarifas no setor de aviação já representa um aumento de 6% a 8% nos custos de materiais.
O cumprimento das exigências do USMCA é complicado devido ao movimento de peças entre países.
Amod Kelkar, diretor comercial da Honda Aircraft, observou que isenções recentes do governo americano para produtos aeroespaciais ajudaram a limitar o impacto das tarifas.
Novidades para o Brasil
Na Labace, a Honda apresentou o HondaJet Elite II, que possui tecnologia de piloto automático e permite pousos automáticos em emergências.
Outro destaque é o HondaJet Echelon, que será o jato leve com maior alcance do mundo, estimado em 4.862 km, com testes programados para daqui a um ano.
A Honda também planeja desenvolver um eVTOL, veículo elétrico de decolagem e pouso vertical, mas opta por um modelo híbrido em vez de totalmente elétrico devido a questões de eficiência.