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Hotéis de Belém rebatem governo e negam dados de diárias para COP30

Redes de hotéis de Belém defendem preços elevados durante a COP30 e afirmam estar dentro dos parâmetros do setor. Reações do governo mostraram preocupações com possíveis abusos e rescisões de participação por autoridades estrangeiras.

Hotéis de Belém respondem a questionamentos do governo sobre preços da COP30.

Três grandes redes de hotéis em Belém, Pará, enviaram textos padrões ao governo Lula (PT) após a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) solicitar informações sobre preços durante a COP30, em novembro de 2025.

Em junho, foram enviados 27 requerimentos, mas a maioria dos hotéis se recusou a responder. Apenas Mercure, Ibis e Bristol Umarizal afirmaram que os valores, frequentemente acima de R$ 5.000, estão "dentro dos parâmetros razoáveis".

A principal alegação para a recusa de informações é a defesa da livre iniciativa, afirmando que os dados exigidos são sensíveis. A associação de hoteleiros criticou o governo por utilizar critérios "exploratórios" e sem dados específicos.

O governo recebe orçamentos para diárias que variam de R$ 6.000 a R$ 238 mil. Autoridades estrangeiras manifestaram preocupação com os preços, com o presidente da Áustria, por exemplo, anunciando que não participará devido aos "custos particularmente altos".

Lula defende a realização da COP em Belém para mostrar as condições do povo amazônico e planeja hospedar a delegação brasileira em instalações militares reformadas. A plataforma oficial de hospedagens está recrutando imóveis para oferecer mais opções. Diárias começam em US$ 163 (R$ 889), mas a maioria é a partir de US$ 400 (R$ 2.183).

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