Hotéis ofertaram diárias de até R$ 238 mil ao governo Lula para COP30
Os altos preços das diárias em hotéis de Belém geram preocupações entre os organizadores da COP30, levando alguns países a cogitar desistir de participar do evento. O governo brasileiro tenta negociar melhores tarifas e utilizará instalações militares para acomodar a delegação nacional.
Hospedagem para a COP30 em Belém, Pará, gerou polêmica com diárias que vão de R$ 6.000 a R$ 238 mil.
A suíte presidencial do Tivoli Maiorana é a mais cara, enquanto os hotéis Ibis Styles oferecem as diárias mais baratas.
Os altos preços têm preocupado a organização do evento, e o presidente da conferência, André Corrêa do Lago, revelou que países solicitam a mudança da sede devido aos custos.
O presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, já anunciou que não participará do evento por conta dos "custos particularmente altos".
Lula rejeitou a ideia de mudar a COP de lugar, enfatizando a importância de mostrar a realidade da Amazônia.
O governo planeja hospedar a delegação brasileira em instalações militares reformadas, com 2.000 leitos disponíveis.
A Secretaria Extraordinária para a COP30 está dialogando com a rede hoteleira para reduzir valores, e muitos hotéis ajustaram suas regras de reserva.
O Tivoli argumentou que a proposta de preços era "preliminar". Já o Ibis e o Radisson não responderam sobre os orçamentos.
Os preços altos geraram uma investigação do governo, que contatou 24 hotéis para esclarecer as tarifas, mas a maioria se recusou a respondê-los.
A plataforma oficial do evento está tentando aumentar a oferta de hospedagem com diárias a partir de US$ 163 (R$ 889), mas a maioria está acima de US$ 400 (R$ 2.183).
A crítica central é que os países participantes esperam diárias de até US$ 100 devido ao suporte financeiro da ONU.