Houthis reivindicam novo ataque a navios dos EUA em meio a colapso do cessar-fogo em Gaza

Rebeldes houthis do Iêmen afirmaram, nesta terça-feira (18), ter realizado um novo ataque contra navios militares dos EUA, após bombardeios americanos no Iêmen e o colapso do cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Em um canal do Telegram, os houthis - apoiados pelo Irã - disseram ter bombardeado o porta-aviões Harry S. Truman com mísseis e drones, marcando o terceiro ataque em 48 horas ao norte do mar Vermelho.

Em resposta, uma fonte do Departamento de Defesa dos EUA alegou que os houthis estavam disseminando desinformação sobre os ataques. Enquanto isso, bombardeios americanos em Sanaa, Saada e Rada'a resultaram em 53 mortes e 98 feridos, segundo os houthis.

Desde setembro de 2023, os houthis têm atacado embarcações no mar Vermelho para apoiar a causa palestina. Eles interromperam esses ataques após o cessar-fogo em Gaza, mas a decisão de Israel de bloquear a ajuda humanitária levou a novas ameaças de ofensivas.

Neste contexto, os houthis condenaram os ataques israelenses e prometeram intensificar confrontos, após bombardeios que deixaram ao menos 326 mortos em Gaza. O ministro das Relações Exteriores dos houthis destacou que não haverá redução nas operações até que o bloqueio em Gaza termine.

A agência Reuters relatou que o Irã pediu aos houthis para acalmar as tensões, o que foi negado por Jamal Amer, que afirmou o direito de defesa do Iêmen contra os EUA.

O presidente americano, Donald Trump, responsabilizou o Irã por qualquer ataque dos houthis. Desde 2014, o Iêmen enfrenta uma guerra civil que resultou em uma grave crise humanitária, afetando 38 milhões de pessoas.

As ofensivas ocorrem em meio a um impasse sobre um possível acordo nuclear entre EUA e Irã, com Khamenei rejeitando propostas de negociação.