Hugo Motta diz que líderes rejeitaram pautar anistia após obstrução da oposição
Líderes partidários optam por não discutir anistia a envolvidos nos atos de janeiro. A decisão ocorre em meio a protestos da oposição e demanda de pautas como o impeachment de Alexandre de Moraes.
Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que a maioria dos líderes partidários não pautará o projeto de anistia para envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
A decisão foi tomada em reunião na noite de quarta (6), com mais de 400 dos 513 deputados presentes. Motta afirmou: “Não há negociações sobre pautas com obstrução,” e que respeitará a vontade da maioria em futuras reuniões.
Após o encontro, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), inicialmente indicou que haveria um acordo para discutir o texto, mas depois negou que isso fosse correto.
A proposta de anistia faz parte das três principais demandas da oposição, que inclui o fim do foro privilegiado e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
No dia 5, a oposição ocupou os plenários da Câmara e do Senado, interrompendo as sessões em protesto contra o decreto de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), assinado por Moraes. Senador Magno Malta (PL-ES) chegou a se acorrentar à Mesa Diretora do Senado.
A oposição afirmou que liberará os trabalhos apenas com diálogo positivo com os presidentes das Casas, Hugo Motta e Davi Alcolumbre (União-AP).