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Hungria deixa Tribunal de Haia em apoio a Netanyahu

Hungria se retira do TPI em apoio a Netanyahu, que enfrenta acusações de crimes de guerra. A decisão ocorre após um mandado de prisão emitido pelo tribunal e reflete a crescente aliança política entre os dois países.

Governo da Hungria anuncia saída do TPI

Nesta 5ª feira (3.abr.2025), a Hungria declarou sua saída do TPI (Tribunal Penal Internacional), em apoio ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que é procurado por um mandado de prisão desde novembro de 2024.

A decisão foi divulgada durante a visita de Netanyahu ao país, onde o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, classificou o mandado como “descarado, cínico e completamente inaceitável”.

A Hungria, fundadora do TPI, deveria oficialmente prender e entregar qualquer pessoa sob mandado do tribunal. Orbán, entretanto, disse que não respeitará essa ordem.

A visita de Netanyahu à Hungria visa “reforçar a aliança política” entre ambos os países, após o TPI emitir a ordem de detenção sob acusações de crimes de guerra na Faixa de Gaza.

De acordo com o TPI, há argumentos razoáveis de que Netanyahu e seu ex-chefe de defesa são responsáveis por atos como assassinato, perseguição e fome como arma de guerra contra a população civil de Gaza.

Israel nega as acusações, vendo-as como motivadas por antissemitismo, e afirma que o TPI perdeu legitimidade ao emitir mandatos contra líderes que exercem o direito de autodefesa.

O TPI também emitiu um mandado contra um líder do Hamas em novembro, que morreu logo após.

Orbán já havia levantado a possibilidade de saída após Donald Trump impor sanções ao promotor do TPI, Karim Khan, em fevereiro, afirmando que a Hungria deve rever sua participação em uma organização sob sanções dos EUA.

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