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Hungria diz que vai sair do TPI após receber Netanyahu, alvo de ordem de prisão; veja vídeo

Hungria decide deixar o Tribunal Penal Internacional após mandado de prisão contra Netanyahu. O premier húngaro alega politicagem por parte da corte e critica suas decisões.

A Hungria anunciou nesta quinta-feira (3) sua saída do TPI (Tribunal Penal Internacional).

O anúncio ocorreu durante a visita do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu a Budapeste, onde desafiou um mandado de prisão emitido pela corte por crimes de guerra na Faixa de Gaza.

Viktor Orbán, o premiê húngaro, declarou que a decisão foi motivada pela politização do tribunal, exemplificada pela prisão de Netanyahu.

Netanyahu recebeu honras militares em sua visita e elogiou a decisão da Hungria, chamando-a de "ousada e baseada em princípios".

A Hungria já criticou anteriormente o TPI, rotulando-o como "politicamente tendencioso" e considerando o mandado de prisão um "ato vergonhoso".

Esta decisão segue o exemplo do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que impôs sanções ao tribunal em fevereiro.

A retirada da Hungria do TPI não será imediata; levará um ano após o pedido formal ao secretário-geral da ONU.

Netanyahu, alvo do mandado, teoricamente não poderia visitar os 120 países membros da corte, mas a execução das ordens depende da disposição de cada Estado.

Durante a visita, Orbán prometeu desacatar a ordem do tribunal, afirmando que a decisão "interfere em um conflito em andamento".

A Hungria se tornou membro do TPI em 1999 e ratificou o Estatuto de Roma em 2001.

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