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IA pode adicionar US$ 429 bi ao PIB do Brasil, mas ganhos dependem de qualificação de mão de obra

A adoção da inteligência artificial no Brasil pode gerar ganhos significativos para a economia, mas é crucial investir em capacitação profissional para maximizar os benefícios. A consultoria Accenture alerta que o cenário ideal depende de estratégias estruturadas que promovam a requalificação da força de trabalho.

Adoção da inteligência artificial (IA) pelo setor privado pode gerar até US$ 429 bilhões em ganhos para a economia brasileira nos próximos treze anos, segundo estudo da Accenture.

A análise abrange as cinco maiores economias da América Latina e estima um incremento total de até US$ 1 trilhão no Produto Interno Bruto (PIB) da região.

O relatório projetou três cenários de adoção da IA:

  • Cenário centrado em pessoas: Adoção gradual em 10 anos com foco em requalificação. Maior potencial de ganhos.
  • Cenário agressivo: Adoção rápida em 5 anos; ganhos menores de cerca de US$ 200 bilhões e aumento do desemprego.
  • Cenário cauteloso: Adoção mais lenta em 15 anos, com ganhos modestos.

O Brasil é destacado como a economia com maior potencial absoluto de crescimento, apesar do investimento privado em IA ser modesto, ocupando a 11ª posição global com cerca de US$ 1,1 bilhão em 2024.

O estudo projetou que 39% das horas de trabalho no Brasil podem ser afetadas pela IA até 2038, com 22% passíveis de automação. Setores como seguros, software, bancos e plataformas digitais são os mais impactados.

Daniel Lázaro, da Accenture, ressalta a importância de capacitação e estruturação de processos para maximizar os ganhos, enfatizando que o Brasil caminha para uma adoção “agressiva” sem clareza estratégica.

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