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Iarc reforça preocupação com o uso de álcool

Estudo revela nova associação entre o consumo de álcool e o câncer de pâncreas, destacando os riscos à saúde pública. Organizações de saúde reforçam a importância de políticas de controle para reduzir o consumo e prevenir a doença.

O consumo de bebidas alcoólicas está sendo cada vez mais reconhecido por organizações internacionais de saúde como um fator que aumenta o risco de câncer.

Um estudo recente da Iarc (Agência Internacional para Pesquisa em Câncer) associou o álcool diretamente ao risco de câncer de pâncreas. A pesquisa, publicada na PLOS Medicine, analisou dados de 2,4 milhões de pessoas ao longo de 16 anos em diversas regiões, como Ásia, Austrália, Europa e América do Norte.

Os resultados indicam uma ligação estatisticamente significativa entre o consumo de álcool e o desenvolvimento de câncer de pâncreas, antes considerado inconclusivo. Dr. Pietro Ferrari, da Iarc, destacou que essa evidência é uma nova perspectiva para entender os riscos do álcool.

A Iarc e a OMS estão intensificando esforços para chamar atenção global aos riscos do álcool em relação ao câncer, promovendo webinars internacionais focados na redução do consumo.

  • Divulgação de evidências científicas sobre a associação entre álcool e câncer.
  • Promoção de medidas de controle, como aumento de impostos, restrições de venda e publicidade.

Especialistas da Iarc também publicaram em New England Journal of Medicine que essas políticas têm mostrado eficácia na redução do consumo e, consequentemente, de casos de câncer relacionados ao álcool.

No Brasil, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) aponta que o consumo de álcool é responsável por aproximadamente 4% dos casos de câncer, afetando principalmente a boca, faringe, laringe, esôfago, fígado, mama e intestino.

O Inca afirma que não existe um nível seguro de consumo de álcool em relação à prevenção do câncer, e que políticas públicas consistentes podem impactar diretamente na prevenção de novos casos. A discussão sobre o controle do álcool se torna essencial diante dessas evidências.

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