Ibama aprova plano da Petrobras para vazamento na Margem Equatorial
Ibama aprova plano de proteção da Petrobras para animais em risco durante pesquisa de petróleo. A decisão pode acelerar a autorização para exploração na Margem Equatorial, enquanto gera tensão entre interesses econômicos e ambientais.
Ibama aprova plano da Petrobras para proteger animais em caso de vazamento durante a pesquisa de petróleo no bloco FZA-M-59, na Margem Equatorial, Bacia da Foz do Amazonas.
A decisão, tomada nesta 2ª feira (19.mai.2025), é um avanço no processo de autorização ambiental, mas não garante licença definitiva para a perfuração exploratória.
A Petrobras agora pode realizar vistorias e simulações de resgate de animais. A próxima etapa é a Avaliação Pré-Operacional (APO), que testará a eficácia do plano de emergência, com calendário a ser definido pelo Ibama e a Petrobras.
Em março, o Ibama autorizou a limpeza de uma sonda da Petrobras para a região, pré-requisito comum antes de deslocamentos para áreas com espécies invasoras, com a operação prevista para durar cerca de 2 meses.
O pedido da Petrobras para explorar o bloco FZA-M-59 havia sido negado em 2023. Desde então, busca viabilizar a perfuração, especialmente após descobertas de petróleo e gás em países vizinhos.
A demora da análise do Ibama gerou desgaste no governo, com aliados de Luiz Inácio Lula da Silva defendendo a exploração. O ministro de Minas e Energia criticou o Ibama por sua postura, afirmando que seria um “crime de lesa-pátria” não explorar as potencialidades da região.
A questão é sensível, especialmente com a COP30 se aproximando, pois a exploração na Amazônia pode afetar a imagem ambiental do governo no cenário internacional, acentuando a divisão entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.