IBGE: nascimentos caem e maternidade tardia cresce no Brasil

A maternidade no Brasil tem ocorrido cada vez mais tarde. Dados do levantamento Estatísticas do Registro Civil 2023, do IBGE, mostram que o percentual de mães com até 24 anos caiu de 31,1% em 2003 para 23,6% em 2023.

O maior número de nascimentos é entre mães de 25 a 29 anos, representando 25,5% do total. A proporção de nascimentos entre mães adolescentes (até 19 anos) caiu de 20,9% em 2003 para 11,8% em 2023.

Observou-se também um aumento de nascimentos entre mães mais velhas, com idades de 30 a 34 anos e de 35 a 39 anos.

A maternidade tardia acompanha uma queda geral na natalidade. Em 2023, o Brasil registrou 2,59 milhões de nascimentos, uma queda de 0,7% em relação a 2022, representando aproximadamente 19.000 nascimentos a menos.

A redução foi observada em todas as regiões, exceto no Centro-Oeste, que teve um aumento de 1,1%.

Em 2023, o Brasil registrou 1.450.421 mortes, com uma queda de 5% em comparação a 2022, totalizando 75.188 mortes a menos.

O IBGE aponta que 90,6% das mortes foram por causas naturais, com 69.620 registros a menos em 2023. A maioria dos falecimentos ocorreu em hospitais (73%), enquanto 20,2% aconteceram em casa e 3,3% em via pública.

Segundo o IBGE, a pandemia de Covid-19 contribuiu para essa queda, com redução de 55.669 mortes relacionadas ao coronavírus.

A expectativa de vida em 2023 foi de 79,7 anos para mulheres e 73,1 anos para homens, refletindo uma diferença de 6,6 anos.

• Homens: 783.016 óbitos (queda de 4,9%)
• Mulheres: 646.153 óbitos (diminuição de 5,2%)

O número de óbitos em crianças de 5 a 9 anos aumentou em 5,2%, totalizando 3.299 registros.

População com 60 anos ou mais representou 71% das mortes em 2023, totalizando 1.012.848 casos.

Ocorrências entre os 80 anos ou mais caíram em 7,9% – correspondendo a **38.035 mortes a menos.