Ibovespa Futuro amplia perdas após tarifas de Trump; Haddad e IPCA no radar
Ibovespa Futuro inicia o dia em queda após anúncio de tarifas de Donald Trump sobre produtos brasileiros. O mercado aguarda reações e desdobramentos da situação, exacerbando a volatilidade nos ativos locais.
Ibovespa Futuro inicia a quinta-feira (10) em baixa após grande queda na véspera, impactado pela tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que entra em vigor em 1º de agosto.
Na quarta-feira, o contrato com vencimento em agosto (INDQ25) caiu 2,44%, fechando a 137.800 pontos, e o dólar futuro subiu 2,30%, a 5.6115 pontos.
Às 09h06 (horário de Brasília), o Ibovespa Futuro registrava queda de 0,40%, cotado a 137.245 pontos.
Segundo o JPMorgan, o anúncio foi um "balde de água fria" para o mercado brasileiro, que experimentava entradas constantes de capital estrangeiro. A Ativa Investimentos prevê pressão sobre ativos de renda variável, especialmente os expostos à exportação.
Otávio Araújo, da Zero Markets Brasil, destaca que a tarifa de Trump representa um grande desafio, impactando os setores exportadores e podendo gerar maior volatilidade econômica.
O presidente Lula respondeu, afirmando que medidas unilaterais serão contestadas e reforçou a soberania do Brasil. As atenções se voltam para uma entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, às 10h.
Haddad também discute o decreto de aumento do IOF com senadores, defendendo sua legitimidade, embora novas negociações sejam necessárias antes da audiência no STF marcada para o dia 15.
O IPCA de junho subiu 0,24%, ligeiramente acima do esperado. No exterior, o Dow Jones Futuro caía 0,01%, enquanto o S&P Futuro avançava 0,04%.
Em relação aos mercados da Ásia-Pacífico, operaram de forma mista diante da manutenção das taxas de juros pelo Banco da Coreia e o impacto das tarifas de Trump. Na Europa, os mercados estão em alta.
Os preços do petróleo caem, e as cotações do minério de ferro na China subiram pela terceira sessão seguida, impulsionadas pela expectativa de cortes no fornecimento de aço.
(Com informações de Reuters e Bloomberg)