Ibovespa Futuro sobe; ata e repercussão da prisão domiciliar de Bolsonaro no radar
Investidores monitoram desdobramentos políticos e econômicos que podem influenciar o mercado. O cenário inclui a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e a ata do Banco Central sobre a Selic.
Ibovespa Futuro opera em alta nesta terça-feira (5), com investidores atentos à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, às reuniões do Banco Central e ao Conselhão, além da divulgação de diversos balanços corporativos.
Aos 09h04, o contrato com vencimento em outubro subia 0,17%, atingindo 133.395 pontos.
O economista Dan Kawa destaca que a prisão domiciliar de Bolsonaro pode aumentar a volatilidade, mas também ajuda a definir a corrida eleitoral para 2026, possivelmente trazendo mais estabilidade política no médio prazo.
Para a Ativa Investimentos, o impacto direto é sobre o Senado, especialmente o presidente Davi Alcolumbre, que não pauta pedidos de impeachment de Alexandre de Moraes, alegando risco de ruptura institucional.
Os EUA condenaram a decisão do STF de colocar Bolsonaro em prisão domiciliar, enquanto o ministro Alexandre de Moraes tomou a decisão devido à reincidência no descumprimento de medidas cautelares.
A ata do Copom sugere uma manutenção prolongada da taxa Selic, com ênfase em cautela diante das incertezas das tarifas dos EUA. A expectativa é de que a Selic permaneça estável até meados de 2026.
No Rio de Janeiro, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, participará do 2º Encontro do CPFO às 9h30. O Congresso retoma os trabalhos e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselhão.
Em Wall Street, os índices futuros mostram alta: Dow Jones +0,11%, S&P +0,26% e Nasdaq +0,39%. O dólar à vista avançava 0,39%, fixando-se em R$ 5,529.
Na Ásia-Pacífico, os mercados fecharam majoritariamente em alta. O PMI de serviços no Japão subiu para 53,6, enquanto a China registrou crescimento acelerado em serviços no último mês.
As ações da Mitsubishi Heavy Industries subiram mais de 4% com um novo contrato de US$ 6,5 bilhões para a Marinha australiana.
Os preços do petróleo caíram pelo quarto dia, enquanto cotações do minério de ferro na China se aproximam da máxima de uma semana, impulsionadas pela demanda resiliente.
(Com Reuters)