Ibovespa renova máximas históricas: o que explica otimismo e há mais altas por vir?
Analistas destacam fatores tanto internos quanto externos que alimentam a expectativa otimista em relação ao Ibovespa, que fechou em patamares históricos. O cenário é reforçado pela perspectiva de cortes nas taxas de juros e um ambiente macroeconômico favorável para os investimentos no Brasil.
Ibovespa atinge recorde histórico nesta terça-feira (13), fechando com alta de 1,76% a 138.963,11 pontos, a maior da história. O índice chegou a 139.418,97 pontos, o mais alto até então. Em 2025, a alta acumulada é de 15,5%.
Segundo Lucas Constantino, da GCB Investimentos, a alta não é atribuída apenas a eventos pontuais, mas a um cenário otimista impulsionado por câmbio favorável, queda de taxa de juros e valuations descontados.
Fatores que explicam o otimismo incluem:
- Reversão do pessimismo de 2024;
- Estabilização do câmbio;
- Rotação de portfólio em mercados emergentes;
- Expectativas corporativas positivas.
A XP e o Bradesco BBI mantêm visão otimista sobre a Bolsa brasileira, prevendo valor justo de 149 mil pontos até final de 2025. A percepção de risco no mercado pode mudar com o fim do ciclo de altas na Selic.
A Bank of America projeta cortes da Selic em dezembro de 2023, favorecendo o crescimento de lucros. A equipe espera a Selic a 11,25% em 2026 e acredita que a bolsa brasileira poderá superar 140 mil pontos até o mesmo ano.
Apesar do entusiasmo, a XP alerta sobre riscos, como a deterioração técnica e preocupações macroeconômicas. O BBI também menciona o prêmio de risco elevado, mesmo com evidências de arrefecimento das expectativas de inflação.