Ibovespa retoma 136 mil, alta de 1,48% e maior nível desde 10 de julho; o que animou?
Ibovespa registra forte alta e fecha acima de 136 mil pontos pela primeira vez desde julho. Mercado responde positivamente à estabilidade na curva de juros e ao desempenho de ações de grandes empresas.
Ibovespa recupera 136 mil pontos nesta quinta-feira, 7, com alta superior a 1%, marcando o maior nível intradia desde 15 de julho e o fechamento mais alto desde 11 de agosto.
O índice registrou seu quarto ganho consecutivo, algo não visto desde maio. Ganhos de 1% em dias consecutivos não ocorriam desde 23 e 24 de abril.
Após a efetivação do tarifaço, o prêmio de risco na curva de juros caiu, favorecendo uma recuperação do Ibovespa, que havia atingido a máxima histórica de 141 mil pontos em 4 de julho.
O dólar fechou em baixa a R$ 5,42, enquanto o Ibovespa encerrou a sessão com 136.527,61 pontos, alta de 1,48%, maior ganho percentual desde 16 de junho.
O volume negociado foi de R$ 23,9 bilhões. No mês, o Ibovespa avança 2,60% e, no ano, 13,50%.
Felipe Moura, da Finacap, observou que a temporada de resultados trouxe surpresas positivas, ajudando a recuperar os preços dos ativos. Eletrobras teve altas de 9,47% (ON) e 9,60% (PN), seguidas por Smartfit (+7,80%) e Cogna (+5,32%).
No lado negativo, Minerva caiu 5,14%, Hypera 3,74% e Raízen 2,99%.
Dentre as ações de primeira linha, Itaú subiu 1,77%, Vale 0,63% e Petrobras 0,71% (ON) e 0,56% (PN), mesmo com a baixa nos preços do petróleo.
Analistas destacam que a superação dos 135 mil pontos coloca o Ibovespa em uma zona favorável para testar regiões superiores.
Gustavo Trotta, da Valor Investimentos, menciona que o mercado vê positivamente a não retaliação do governo brasileiro aos Estados Unidos, respaldada por declarações do ministro da Saúde sobre patentes.