Ibovespa sobe pelo 6ª pregão seguido enquanto espera por juros nos EUA e no Brasil

Ibovespa avança nesta quarta-feira, 19, alcançando 132 mil pontos, nível visto pela última vez em outubro de 2024. O índice sobe pela sexta sessão consecutiva, em linha com as bolsas dos EUA, em um dia com agenda reduzida de indicadores.

Analistas observam que investidores dos EUA estão direcionando recursos para o Brasil, em busca de preços mais atrativos em comparação a outros emergentes, devido a incertezas sobre as tarifas do presidente Donald Trump.

Nesta Super Quarta, o mercado espera decisões de política monetária dos EUA e do Brasil, às 15h e 18h30, respectivamente. Na China, novos dados serão divulgados à noite.

As commodities apresentam sinais mistos: o petróleo sobe, enquanto o minério de ferro cai 2,12% em Dalian. As ações de Vale (VALE3) caem 0,96%, enquanto Petrobras ON (PETR4) sobe 0,13% e sua PN cede 0,19%. Ontem, o Ibovespa tinha fechado com alta de 0,49%, em 131.474,73 pontos.

Espera-se manutenção das taxas de juros nos EUA e China, mas um aumento na Selic brasileira é previsto. A pesquisa Projeções Broadcast indica que o Banco Central deve elevar a Selic em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano.

Rodrigo Ashikawa, da Principal Asset, acredita que o Banco Central deve sinalizar um novo aumento da Selic em maio. A comunicação será crucial para gerenciar as expectativas inflacionárias.

Os comunicados do Federal Reserve e do Copom são aguardados com expectativa. A LCA 4intelligence destaca que o Sumário de Projeções Econômicas do Fed será essencial para entender a direção futura dos juros.

Atualmente, os resultados dos índices de preços são preocupantes, e a LCA prevê que a Selic continue a subir até atingir 15% ao ano em junho, mantendo este nível até o ano terminar.

Às 11h10, o Ibovespa subia 0,76%, alcançando 132.475,00 pontos, após abrir em 131.476,07 pontos e alcançar mínima de 131.450,67 pontos.