iFood projeta 1 bilhão de pedidos por ano e diz que Previdência é impasse com governo
iFood planeja investimento de R$ 17 bilhões até 2026 e aumento nas operações, mas enfrenta resistência na regulamentação dos entregadores. O impasse gira em torno das contribuições previdenciárias propostas no PLP 12, que exclui o setor de delivery de motos e bicicletas.
iFood planeja investir R$ 17 bilhões até 2026 para aumentar pedidos anuais a 1 bilhão, mas enfrenta dificuldades com a regulamentação dos entregadores.
O anúncio foi feito por Diego Barreto, CEO do iFood, durante o evento iFood MOVE 2025, que ocorreu em São Paulo, contando com protestos dos entregadores. A empresa também introduzirá empréstimos aos consumidores.
Barreto destacou que as contribuições à Previdência Social propostas no PLP 12 são um grande impasse. A proposta, enviada ao Congresso em 2024, visa regulamentar a categoria, mas ainda não recebe consenso total.
Faixas em protesto caracterizaram a situação como "escravidão moderna". O PLP 12 garante ganho mínimo e contribuições ao INSS, mas não abrange entregadores de duas rodas, devido à falta de acordo sobre os valores.
A proposta sugere que a plataforma pague 80% das contribuições, enquanto os entregadores arcariam com 20%. Barreto sugere a criação de um sistema integrado no eSocial para resolver essa questão.
Ele comparou a situação atual à regulamentação dos empregados domésticos em 2015, onde o governo ajustou a contribuição. Barreto acredita que a regulamentação é viável, mesmo em ano pré-eleitoral.
Os entregadores buscam uma remuneração mínima de R$ 10 por entrega e criticam a nova modalidade de trabalho "subpraças" que reduziu seus ganhos (R$ 3,30 a R$ 3,70 por hora).
A futura regulamentação pode influenciar 2 milhões de entregadores no Brasil e servir de referência em outros países.