IIF: Mercados emergentes registram em julho 2º maior fluxo mensal de entrada em 4 anos
Investidores continuam a apostar em mercados emergentes, com influxos significativos em julho. A dívida chinesa e as ações fora da China lideram as preferências, apresentando resultados robustos.
Popularidade dos ativos de mercados emergentes aumenta em 2023, com investidores internacionais alocando US$ 55,5 bilhões em julho.
Esse valor é o segundo maior para um mês em quatro anos, superando os US$ 42,8 bilhões de junho e US$ 47,6 bilhões de julho de 2022.
Os dados do Instituto de Finanças Internacionais (IIF) revelam que:
- A dívida chinesa atraiu US$ 30,8 bilhões, o maior valor desde março.
- Outros US$ 10 bilhões foram para ações de mercados emergentes fora da China, também o maior desde dezembro de 2022.
O desempenho das ações ajudou, com o índice MSCI de 24 países emergentes subindo 17% neste ano, comparado a 9,5% do S&P 500. A dívida em dólares aumentou 8%, enquanto a dívida em moeda local subiu mais de 11%.
Jonathan Fortun, economista sênior do IIF, destacou que "os fluxos para moedas de alto valor agregado têm sido persistentes." Mercados como Brasil, México e África do Sul se beneficiaram de taxas reais elevadas e câmbio estável.
Mesmo com a recuperação do dólar em julho, o índice de moedas emergentes subiu quase 6% neste ano.
Fortun comentaram que a dólar fraco impulsionou o desempenho do 'carry trade', permitindo rendimentos locais elevados com menor risco de depreciação.
No total, as ações de emergentes registraram uma entrada de US$ 16,3 bilhões, a maior desde setembro, e US$ 39,2 bilhões foram canalizados para a dívida, o maior valor desde março.