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Imagens de satélite indicam menos danos a centrais do Irã do que os alegados por Trump

Ataques a instalações nucleares no Irã complicam rastreamento de urânio enriquecido. A ação militar não apenas destrói locais, mas também cria novos desafios para a inspeção internacional.

Decisão de Trump sobre o Irã: O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou ataques às três principais instalações nucleares do Irã. A ação visou comprometer as capacidades atômicas iranianas, mas gerou desafios na rastreabilidade do urânio enriquecido.

Trump afirmou que os locais foram "totalmente destruídos", mas análises independentes não confirmam essa declaração.

Os ataques complicaram a vigilância da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que inspecionava mais de uma instalação diariamente antes do bombardeio.

Imagens de satélite: Fotografias de Fordow revelam crateras e buracos, mas um edifício de apoio permanece intacto. A AIEA relatou que não houve vazamentos de radiação.

O chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Dan Caine, disse que a avaliação dos danos levará tempo. Os inspetores da AIEA não têm informações sobre o estoque de urânio há mais de uma semana.

Darya Dolzikova, do Royal United Services Institute, acredita que os ataques podem levar o Irã a reduzir a cooperação com a AIEA e criar instalações nucleares mais secretas.

A AIEA pede o fim das hostilidades e se reunirá em Viena para discutir a situação.

Danos às instalações: Os ataques também impactaram a instalação de Natanz, mas os danos foram limitados a pátios elétricos. O ataque ao centro de tecnologia em Isfahan foi considerado extensivamente danificado.

A missão principal da AIEA é garantir que o urânio não seja usado para armas nucleares. O bombardeio dificulta o rastreamento do urânio iraniano, com cerca de 9.000 quilos de urânio enriquecido em questão.

Os inspetores perderam o controle sobre o estoque de urânio enriquecido, que pode já ter sido transferido para locais não revelados e seguros.

As ambições nucleares do Irã estão inseridas em uma infraestrutura fortemente fortificada, com milhares de engenheiros e cientistas envolvidos. A ação militar afetou adversamente a capacidade da AIEA de monitorar e realizar análises forenses em caso de desvio de urânio.

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