Imigrantes detidos nos EUA enfrentam risco de suicídio por isolamento e negligência
Relatos de iminente suicídio aumentam entre detentos do ICE, com denúncias de más condições e falta de atendimento psicológico. Desde o início do ano, 12 imigrantes já perderam a vida sob custódia, gerando preocupação entre advogados e especialistas em saúde mental.
Daniel Cortes De La Valle, 35 anos, estava detido pelo ICE há mais de sete meses em condições precárias, enfrentando ridicularizações e negação de medicamento para epilepsia.
Em julho de 2023, ele tentou se enforcar e foi colocado sob vigilância suicida, vivendo em confinamento solitário repleto de mofo e sujeira. Em novembro, aceitou a deportação para a Colômbia após várias tentativas de suicídio durante sua detenção.
Desde janeiro, o governo Trump tem deportado imigrantes, com mais de 60 mil pessoas detidas. No Brasil, Daniel reflete: "Não se entregue ao lugar escuro". Infelizmente, desde 1º de janeiro, 12 imigrantes morreram sob custódia do ICE, incluindo suicídios.
Embora o DHS afirme que os suicídios são raros, muitos especialistas sugerem que tentativas de suicídio estão subnotificadas. As condições psicológicas dos detentos são preocupantes, com relatórios documentando mais de 150 falhas nos protocolos de prevenção ao suicídio.
Profissionais afirmam que práticas como confinamento solitário agravam a saúde mental, e é necessário um ambiente terapêutico. O treinamento no ICE não é suficiente para lidar com crises de saúde mental.
Tammy Owen, que perdeu seu marido para o suicídio em um centro de detenção, destaca a necessidade de conhecimento sobre as condições que levam a esses tragédias.
Para mais informações sobre saúde mental, acesse CVV pelo número 188 ou o site www.cvv.org.br.