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Imigrantes na Europa e América do Norte ganham até 30% menos do que nativos, diz estudo

Estudo revela que políticas anti-imigratórias intensificam a diferença salarial entre imigrantes e nativos. Aproximadamente 75% da disparidade é atribuída ao acesso desigual a empregos bem remunerados, além de preconceitos diretos.

Estudo revela impacto das políticas anti-imigratórias na disparidade salarial

Pesquisadores da Universidade de Estocolmo descobriram que as políticas anti-imigratórias, como as de Donald Trump nos EUA, aumentam a diferença salarial entre imigrantes e nativos na Europa e América do Norte.

Segundo o estudo publicado na Nature, apenas 25% da disparidade salarial se deve a preconceitos diretos. O fator principal, responsável por 75% da desigualdade, é o acesso desigual a empregos de maior remuneração.

Em países como Espanha e Canadá, imigrantes ganham, em média, 29,3% e 27,5% menos que nativos, respectivamente. Quando considerados apenas funcionários da mesma empresa, as diferenças são de 7% e 9,4%.

  • Exemplo: Nativo ganha 1.500 dólares canadenses, imigrante recebe 1.359 dólares.
  • Média salarial na Espanha: € 2.400 para espanhóis e € 1.697 para imigrantes.

Com o tempo, a desigualdade diminui para os filhos de imigrantes, mas o acesso a empregos menos remunerados ainda persiste como um fator significativo.

O estudo envolveu 11 universidades e organismos de pesquisa em nove países. As disparidades afetam mais os nativos da África e do Oriente Médio, mas também mostram maior mobilidade para seus filhos.

Os pesquisadores apontam que cursos de idioma, treinamentos profissionais e outros programas de integração são essenciais para melhorar o acesso ao mercado de trabalho e reduzir a disparidade salarial.

A administração Trump agrava a situação, promovendo políticas anti-diversidade que prejudicam a empregabilidade de imigrantes, dificultando ainda mais o acesso a empregos com melhores remunerações.

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