Imitação algorítmica, trabalho e futuro
O debate sobre a inteligência da IA já não é mais o foco; agora, o desafio é explorar seu potencial para transformar o trabalho e a sociedade. A resistência cultural e estrutural no Brasil pode estar atrasando a adoção de modelos que aproveitem as oportunidades criadas pela automação.
Inteligência Artificial (IA): já é uma realidade, mas o debate sobre sua "inteligência" é desnecessário. O foco deve ser em como usar IA para expandir capacidades humanas e resolver problemas.
A capacidade de imitação algorítmica está deslocando o trabalho humano em diversas áreas, como diagnóstico médico e programação. Isso libera os humanos para atividades criativas e inovadoras.
É crucial superar o falso dilema entre IA e inteligência humana e pensar em como a IA pode contribuir para a sociedade. Em vez de apenas otimizar processos, devemos utilizar a IA para transformar o trabalho humano.
A IA promete revoluções semelhantes às da Revolução Industrial, como a possibilidade de jornadas de trabalho mais curtas. No entanto, a resistência a mudanças é forte, especialmente no Brasil, que ainda debate modelos de jornada arcaicos.
A crescente resistência contra a IA, principalmente nas indústrias criativa e tecnológica, indica tensões entre a substituição de empregos e a identidade profissional. Exemplo disso é a reação negativa de empresas como Duolingo e Klarna ao tentarem ser "AI-first".
A história mostra que revoluções tecnológicas eliminam empregos, mas criam novos, ainda que a transição seja difícil. É necessário preparar a força de trabalho para o futuro, estimulando educação e políticas de trabalho mais flexíveis.
No futuro, a IA pode aumentar a criatividade e reduzir a exploração, mas o resultado dependerá das escolhas que fazemos hoje sobre seu uso. O que queremos fazer com o tempo que a IA nos devolve?
Finalmente, o Brasil deve evitar debates ultrapassados e questionar como o futuro do trabalho pode ser reinventado.