Impacto da queda do IOF será de mais desconfiança do mercado
A revogação do decreto do IOF pelo Congresso acentua a insegurança do mercado em relação à gestão fiscal do governo Lula. A equipe econômica enfrenta crescente resistência para garantir a arrecadação sem aumentar impostos, o que eleva a desconfiança de investidores.
Queda do decreto do IOF em 25.jun.2025 fragiliza a confiança do mercado na equipe econômica de Lula.
O Congresso sinalizou que não deseja aumento de tributos. Isso complica a estratégia do ministro Fernando Haddad, que busca fortalecer a arrecadação para equilibrar as contas públicas.
A votação foi simbólica no Senado, após passar com 383 votos a favor e 98 contra na Câmara. A relação de Haddad com o empresariado já estava abalada antes da votação, e agora se deteriora ainda mais.
O recuo nas mudanças do IOF não foi suficiente para conter a reação negativa dos legisladores. A análise é que a queda do decreto pode alterar a relação entre o mercado e os agentes públicos, fazendo com que os empresários se voltem mais ao Congresso.
Uma medida provisória para compensar perdas com o IOF propõe aumento de impostos, enfrentando resistência. O empresariado espera que o Congresso rejeite o aumento sobre os JCP (Juros sobre Capital Próprio).
Com dificuldade em implementar cortes de gastos, o governo pode optar por medidas populistas em vez de reformas estruturais. A confiança na política fiscal de Lula já era baixa, e a aprovação da derrubada do decreto do IOF intensifica essa desconfiança.