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“Impacto de zerar imposto de importação de alimentos será mínimo”, diz Matheus Dias

Governo federal isenta impostos sobre produtos alimentares para tentar conter a inflação, mas especialistas afirmam que a medida terá impacto limitado. A resistência de governadores e a complexidade dos fatores que afetam os preços alimentares geram ceticismo sobre a eficácia da estratégia.

Governo federal anuncia isenção do imposto de importação sobre carne, café, açúcar e milho para conter a alta dos alimentos.

O objetivo é reduzir custos e aliviar a inflação sobre a cesta básica, mas especialistas são céticos quanto à eficácia da medida.

Matheus Dias, da FGV/Ibre, afirma que a isenção terá pouco impacto já que os produtos beneficiados não são majoritariamente importados. O Brasil é um grande produtor de carnes e café.

Durante o anúncio, o vice-presidente Geraldo Alckmin pediu que estados isentem o ICMS sobre a cesta básica. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, rebateu, dizendo que o estado já isentou diversos produtos essenciais.

Governadores como Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, reforçaram que a isenção já existe para famílias vulneráveis.

Para Dias, a falta de adesão dos estados à proposta do governo limita o alcance da medida. A dependência do ICMS como receita e as dificuldades fiscais dos estados dificultam a adoção da isenção.

Ele aponta que fatores como câmbio e custo logístico são mais relevantes para a inflação dos alimentos. Melhorias em infraestrutura e investimento em tecnologia agrícola são ações mais eficazes para o futuro.

A entrevista completa com Matheus Dias discute o impacto real da isenção e os desafios da inflação dos alimentos.

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