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Impacto do tarifaço dos EUA contra o Brasil é 'irrelevante' para Braskem, diz presidente

Braskem busca proteção à indústria brasileira com medidas antidumping e incentivos governamentais, enquanto se prepara para um cenário desafiador na petroquímica global até 2030. O impacto das tarifas de importação dos EUA é considerado "irrelevante" para a companhia, que enfrenta excessos na oferta de eteno.

Braskem adota medidas de contingência diante da baixa da petroquímica global. O presidente da companhia, Roberto Ramos, considera essenciais iniciativas como antidumping e o novo programa de incentivo Presiq.

Ramos avaliou o impacto da tarifa de 50% sobre as importações de produtos brasileiros pelos Estados Unidos como “irrelevante”, já que alguns produtos, como polímeros, foram isentos. O benzeno, produto chave da Braskem, também não foi afetado.

O executivo destacou a necessidade de proteção tarifária para que a indústria nacional possa competir com petroquímicas de países como Estados Unidos, Canadá e China, que praticam preços menores. “Isso configura dumping”, alertou.

Entre as medidas que a Braskem estuda estão:

  • Busca por energia mais barata (migrar para eólica e solar)
  • Maior eficiência nos processos produtivos
  • Priorizar operações em ativos mais eficientes

Com resultados abaixo do esperado no segundo trimestre, a Braskem prevê a continuidade do ciclo de baixa até 2030. A companhia indica que a oferta de eteno continuará elevada, especialmente na China, superando a demanda.

O diretor financeiro, Felipe Jens, apontou que a taxa média de ociosidade na petroquímica global subiu para 19% e a taxa de operação da Braskem está entre 67% e 68%, próximo do mínimo necessário. No segundo trimestre, a empresa queimou R$ 1,45 bilhão, um valor menor que nos primeiros meses do ano.

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