Impasse em projetos atrasa obras contra enchentes no RS
Impasse entre governos impede liberação de R$ 6,5 bilhões para obras de prevenção de enchentes no Rio Grande do Sul. Munícipes pressionam por agilidade na atualização de projetos para enfrentar eventuais calamidades futuras.
Impasse entre governos no Rio Grande do Sul sobre utilização de R$ 6,5 bilhões destinados a obras de proteção contra inundações, um ano após as enchentes de 2024.
Os recursos, parte do Firece (Fundo de Apoio à Infraestrutura para Recuperação e Adaptação a Eventos Climáticos Extremos), estão parados na Caixa Econômica Federal. A falta de manutenção e estruturas adequadas contribuiu para calamidade enfrentada por milhões.
As obras que o dinheiro financiará incluem:
- Construção e reforma de diques
- Casas de bombas
- Drenagem de arroios
- Desassoreamento de calhas fluviais
Um impasse surgiu entre os governos estadual e federal sobre a atualização dos projetos necessários para iniciar as obras. O secretário de apoio à reconstrução, Maneco Hassen, disse que o presidente Lula aceitou que o governo estadual assumisse a execução das obras após pedido do governador Eduardo Leite.
Projetos prioritários incluem a construção de um dique em Eldorado do Sul e intervenções na bacia do Arroio Feijó. O governador Leite afirmou que já existiam estudos técnicos, mas a magnitude das inundações exigiu revisão dos projetos.
Gestores municipais estão ansiosos por uma autorização rápida. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, mencionou R$ 700 milhões em projetos já apresentados, enquanto o prefeito de Canoas, Airton Souza, pediu atualização imediata para dar continuidade às obras.
Segundo Souza, o valor está rendendo juros e a liberação rápida é essencial para evitar que os recursos fiquem parados.