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Importações crescem e déficit comercial da indústria brasileira é o maior em 13 anos. Entenda por quê

Déficit comercial da indústria de transformação atinge US$ 19,178 bilhões, com queda na exportação de produtos tecnológicos. Especialistas apontam a necessidade de modernização e dinamismo interno para enfrentar os desafios comerciais.

Déficit comercial da indústria de transformação nos EUA já começou a aumentar, conforme estudo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Após quatro anos de queda, o déficit passou de US$ 12,9 bilhões no primeiro trimestre de 2024 para US$ 19,178 bilhões no início deste ano. O aumento foi influenciado principalmente por itens de média e alta tecnologia, enquanto os de baixa tecnologia, ligados ao agronegócio, mantiveram-se estáveis.

O déficit poderia ser ainda maior se não fosse a redução nas importações de carros elétricos e híbridos, que estão sendo gradativamente taxados.

Os itens tecnológicos perderam espaço nas exportações, caindo de 33% em 2005 para apenas 14% no ano passado. O economista Rafael Cagnin explica que essa situação é reflexo da falta de dinamismo interno e da necessidade de modernização tecnológica no Brasil.

Cagnin alerta que a situação pode se agravar com os avanços em inteligência artificial e a crescente penetração de insumos importados nos produtos eletrônicos.

Historicamente, após crises, como a de 2008 e 2009, a balança comercial da indústria se tornou deficitária. A estratégia chinesa de diversificação de mercados impactou negativamente a indústria brasileira, especialmente em mercados sul-americanos.

Recentemente, EUA e China reduziram as tarifas, proporcionando um alívio temporário nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

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