Imposto de Renda: quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil terá isenção parcial, propõe governo
Medida visa aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda enquanto prevê tributos mais altos para rendimentos elevados. O projeto ainda precisa ser aprovado pelo Congresso e só deve entrar em vigor em 2026.
Governo propõe ampliação da isenção do Imposto de Renda
Na terça-feira (18), o governo anunciou um projeto no Palácio do Planalto para aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) para R$ 5 mil mensais.
Essa mudança ainda precisa ser aprovada pelo Congresso e a expectativa é que entre em vigor somente em 2026.
Com a proposta, cerca de 10 milhões de contribuintes poderiam se tornar isentos e mais de 26 milhões ficariam totalmente isentos de imposto. Este ano, a Receita Federal projeta receber 46,2 milhões de declarações do IR 2025, ano-base 2024.
Além da isenção total para rendas até R$ 5 mil, a equipe econômica sugeriu isenções parciais para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7 mil:
- Renda de R$ 5 mil: desconto de 100% (sem desconto: R$ 312).
- Renda de R$ 5,5 mil: desconto de 75% (sem desconto: R$ 436,79; com desconto: R$ 203,13).
- Renda de R$ 6 mil: desconto de 50% (sem desconto: R$ 574,29; com desconto: R$ 417,85).
- Renda de R$ 6,5 mil: desconto de 25% (sem desconto: R$ 711,79; com desconto: R$ 633,57).
- Renda de R$ 7 mil: sem desconto (sem desconto: R$ 849,29).
A equipe econômica estima uma perda de arrecadação de aproximadamente R$ 26 bilhões em 2026, que se manterá nos anos seguintes.
Para compensar essa perda, o governo planeja taxar rendas superiores a R$ 50 mil mensais, com a expectativa de arrecadar R$ 25,22 bilhões em 2026, valor similar ao perdido com a isenção.