Imprensa depende do sucesso da Europa na proteção do mercado digital, diz executiva
Irene Lanzaco destaca a luta da AMI contra a Meta por concorrência desleal e o impacto das redes sociais na liberdade de imprensa. A dirigente pede atenção à mídia profissional, enfatizando sua importância para a democracia e a sustentabilidade.
Irene Lanzaco, diretora-geral da AMI (Asociación de Medios de Información), defende a importância de um terreno comum para a convivência pacífica. Segundo ela, esse espaço não está nas redes sociais, que promovem a alienação.
A AMI lidera uma ação judicial contra a Meta, abordando seu abuso das regras de privacidade e seu impacto na concorrência com a mídia. Lanzaco enfatiza que recursos devem ser direcionados ao jornalismo profissional para garantir que a imprensa forneça informações precisas.
Ela faz um apelo aos brasileiros: "Prestem atenção à sua imprensa, assinem jornais e ajudem a mídia a ser sustentável." A sustentabilidade da imprensa, segundo ela, é essencial para a democracia.
Com a política de Trump influenciando a Europa, Lanzaco alerta para a necessidade de regras claras para um mercado digital justo. Ela acredita que as legislações da UE podem servir como modelo global, mas ressalta que a Europa já cedeu para as big techs, o que prejudica a indústria criativa.
Sobre o avanço do populismo, ela se preocupa com possíveis retrocessos na legislação que poderia erodir a imprensa e, consequentemente, a democracia.
Lanzaco comenta ainda a deterioração da moderação em redes sociais e como isso afeta o jornalismo: "Nem editores nem jornalistas têm controle sobre as plataformas." Ela sugere que a imprensa retorne à sua essência e se foque em oferecer conteúdo de qualidade.
Além disso, a AMI está processando a Meta, alertando que o não cumprimento das regras de privacidade estatua um desafio à sustentabilidade da mídia.
Ela ressalta a importância de um bom jornalismo na luta contra a desinformação e o papel da inteligência artificial no setor: "Precisamos ter coragem e pedir ajuda das autoridades."
A AMI, sob a liderança de Lanzaco, continua a lutar pelos interesses da imprensa espanhola em um contexto desafiador na Europa.