HOME FEEDBACK

Inadimplência dispara no agronegócio e preocupa bancos

A inadimplência no agronegócio brasileiro atinge níveis recordes, mesmo com previsões de safra promissoras. O Banco do Brasil lidera a alta, enquanto outros bancos avaliam o impacto de dificuldades setoriais e a litigância relacionada a recuperações judiciais.

A inadimplência no agronegócio está crescendo rapidamente, mesmo com boas safras de milho e soja previstas para 2025.

O aumento da inadimplência ocorre devido a:

  • Queda nos preços das commodities.
  • Altas dívidas acumuladas por produtores.
  • Recuperações Judiciais (RJs) e impactos da resolução 4.966 do Banco Central.
  • Tarifas do presidente Trump, complicando ainda mais o cenário.

O Banco do Brasil (BB), com quase 50% de participação no agro, reportou um recorde de inadimplência de 3,94%, um salto em relação a 2,45% do ano anterior. Cerca de 20 mil clientes estão inadimplentes, com 74% deles nunca tendo atrasado pagamentos antes.

Os dados adicionais incluem:

  • 52% da inadimplência no Centro-Oeste e Sul.
  • 50% nas culturas de soja, milho e bovinos.
  • 808 clientes em recuperação judicial, somando R$ 5,4 bilhões.

A presidente do BB, Tarciana Medeiros, denunciou campanhas de escritórios de advocacia para atrair clientes a pedidos de RJ e busca medidas legais contra eles.

Além disso:

  • O crédito rural para pessoas físicas é de R$ 539,8 bilhões com inadimplência subindo de 1,5% para 3,5%.
  • Os pedidos de RJ no agro aumentaram 21,5% no primeiro trimestre de 2024.

Os CEOs de bancos como Santander, Itaú e Bradesco reconheceram desafios no setor, ainda que com diferentes níveis de exposição a RJs.

O governo anunciou o Plano Safra 25/26 de R$ 594,4 bilhões, um aumento de apenas 1,69% em relação ao ano anterior.

Analistas alertam que a combinação de juros altos e menos subsídios pode levar a incertezas financeiras no futuro.

O BB está implementando ações mais rigorosas para manejar a inadimplência, mudando suas garantias e aprimorando as coleções.

Expectativas indicam que a inadimplência deve continuar a pressionar no terceiro trimestre de 2024.

Leia mais em valoreconomico