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Incendiários do Planalto escalam a crise com discurso fantasioso de que só tributam os mais ricos

Governo intensifica confronto com Congresso em meio a crise econômica crescente e tensão entre os poderes. A possibilidade de anistia diante da escalada da disputa pode reconfigurar o cenário político.

A cúpula do governo Lula está unida para aumentar a tensão com o Congresso, que já é visto como uma guerra nos bastidores. Embora o decreto do IOF tenha respaldo jurídico, o PSOL já acionou o STF para contestar a decisão do parlamento. O anúncio da AGU escalou a crise, dificultando a votação de propostas econômicas até o fim do mandato.

A administração se deixou influenciar pelas provocações de um Congresso conservador, favorecendo a oposição, que se beneficia dessa disputa. Isso pode acelerar a votação da proposta de anistia, dependendo da decisão do ministro Alexandre de Moraes.

O discurso governamental afirma que o aumento do IOF afeta apenas os mais ricos, mas na realidade, há um efeito em cascata que compromete toda a economia, especialmente fintechs, empresas do Simples e Microempreendedores Individuais (MEIs).

Um ponto positivo do IOF é que ele substitui receitas inflacionárias por recursos reais no Orçamento, trazendo mais realismo às contas públicas. No entanto, a percepção de que apenas os ricos são impactados é fantasiosa, intensificando a rivalidade com o Congresso.

Um levantamento indicará que o aumento de gastos no Congresso tem a contribuição de parlamentares do PT e de partidos aliados ao governo, mostrando que a narrativa de um Legislativo oposto ao Planalto não se sustenta.

Com o Congresso fragmentado, não se pode esperar liderança na política fiscal. O Executivo busca mais serenidade para enfrentar a crise econômica, em vez de ações que exacerbem a disputa política.

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