Incêndios e ataque a tiros atingem várias prisões na França
Ataques a prisões francesas refletem crise gerada pelo tráfico de drogas. O governo intensifica medidas de segurança e investigações para enfrentar a onda de violência.
Prisão e Violência na França: Desde o domingo (13), diversas prisões na França foram atacadas com armas automáticas, em resposta à repressão do governo ao tráfico de drogas, segundo o ministro da Justiça, Gerald Darmanin.
Entre os incidentes, destaca-se:
- Disparos na entrada da prisão de Toulon;
- Veículos incendiados em Villepinte, Nanterre, Aix-Luynes e Valence;
- Ameaças a um agente penitenciário em Nancy;
- Tentativa de incêndio criminoso em Marseille.
Não houve relatos de mortos ou feridos.
A onda de violência é impulsionada por importações recordes de cocaína da América do Sul e um aumento da atividade das gangues na Europa.
Darmanin planeja construir novas prisões de segurança máxima para confinar os principais chefes do tráfico. Ele mencionou, em uma plataforma de mídia social, que "a República Francesa está enfrentando o problema do tráfico de drogas".
O Escritório Nacional do Procurador Antiterrorismo (PNAT) assumiu a investigação dos ataques, que podem estar ligados a um suposto grupo terrorista. A sigla "DDPF" foi encontrada nos locais atacados, suscitando especulações.
O ministro do Interior, Bruno Retailleau, intensificou medidas de segurança para proteger funcionários penais, descrevendo os ataques como "covardes e hediondos".
O aumento da violência também está impulsionando o apoio ao partido de ultradireita Reunião Nacional (RN) e alterando a política francesa para a direita.
Recentemente, a França registrou apreensões recordes de 47 toneladas de cocaína em 2024. Medidas para reforçar a segurança nas prisões e novas leis de combate ao tráfico estão sendo discutidas.
A recaptura de Mohamed Amra, conhecido como "Mosca", em fevereiro, que havia fugido e causado a morte de dois guardas, é uma das vitórias das autoridades no combate ao narcotráfico.