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'Incompatível com a democracia': por que Alemanha classificou partido de direita radical AfD como grupo extremista

AfD é classificada como extrema direita e enfrenta crescente pressão política e social na Alemanha. A decisão da agência de inteligência pode abrir caminho para tentativas de proibição do partido e alterações na sua supervisão.

AfD classificada como extremista pela inteligência alemã

O partido Alternativa para a Alemanha (AfD) foi designado como uma organização de extrema direita pelo Departamento Federal de Proteção da Constituição, o Verfassungsschutz.

Segundo o órgão, a visão étnica do partido é incompatível com a ordem democrática livre.

A AfD obteve 152 cadeiras no Bundestag e 20,8% dos votos nas eleições federais de fevereiro.

O comunicado surge enquanto o parlamento se prepara para votar na escolha do novo chanceler, Friedrich Merz, líder da União Democrata Cristã (CDU).

A dupla da AfD, Alice Weidel e Tino Chrupalla, criticou a decisão, afirmando que é um "golpe contra a democracia alemã".

O partido estava sob scrutínio devido a suspeitas de extremismo, especialmente em regiões onde tem mais popularidade.

A ministra do Interior, Nancy Faeser, apoiou a posição do Verfassungsschutz, alegando análise aprofundada.

A vice-presidente do Bundestag, Andrea Lindholz, declarou que a AfD não deve ser tratada como outros partidos.

Após seu sucesso nas eleições, a AfD questionou a política de isolamento da extrema direita, conhecida como "muro de fogo".

Apesar de escândalos, a AfD continua em segundo lugar nas pesquisas de opinião.

Figuras como Elon Musk e o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, manifestaram apoio ao partido antes das eleições.

A nova classificação pode facilitar o monitoramento do partido e gerar discussões sobre sua possível proibição.

Alguns políticos, como Serpil Midyatli do partido SPD, defendem que a proibição deve ser imposta, citando a Constituição da Alemanha.

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