Índia e Paquistão acusam um ao outro de ataques com drones
Tensões entre Índia e Paquistão aumentam após ataques de drones, resultando em um confronto fatal na região da Caxemira. Comunidade internacional pede desescalada e retoma diálogo entre as potências nucleares.
Índia e Paquistão, potências nucleares, acusaram-se mutuamente de ataques de drones nesta quinta-feira (8), aumentando a preocupação internacional sobre as tensões na região.
Os confrontos surgem após o atentado em Pahalgam que matou 26 pessoas, com a Índia acusando o Paquistão. A Caxemira, uma região de maioria muçulmana, é dividida entre os dois países desde 1947 e enfrenta uma insurgência.
A Índia destruiu «campos terroristas» com ataques aéreos de precisão e ameaçou ação militar. Em resposta, o Paquistão lançou ataques de artilharia e prometeu represálias, resultando em pelo menos 48 mortes em ambos os lados da fronteira: 32 paquistaneses, incluindo crianças, e 16 indianos.
O Paquistão declarou ter derrubado 28 drones indianos, enquanto a Índia acusou Islamabad de ataques noturnos com drones e mísseis e alegou ter destruído um sistema de defesa aérea em Lahore.
O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, chamou ambos os países a reduzir as tensões e iniciar um diálogo. Fortes explosões foram relatadas no aeroporto de Jammu, e operações aéreas foram suspensas temporariamente em Lahore e Islamabad.
O ministro indiano, Subrahmanyam Jaishankar, alertou que qualquer ataque do Paquistão resultaria em uma “resposta muito firme”. Após bombardeios indianos, os exércitos entraram em fogo cruzado, com o Paquistão afirmando ter derrubado caças indianos, o que a Índia não confirmou oficialmente.
O bombardeio mais letal no Paquistão resultou em 13 mortes em um centro de estudos islâmicos. A Índia vinculou o ataque de abril ao grupo jihadista Lashkar-e-Taiba, designado como terrorista pela ONU.
Stéphane Dujarric, porta-voz da ONU, afirmou que o mundo não pode permitir um conflito militar entre Índia e Paquistão. O secretário britânico de Comércio, Jonathan Reynolds, ofereceu mediação do Reino Unido, enquanto líderes de Estados Unidos, UE, Rússia e França pediram moderação.
O presidente americano, Donald Trump, manifestou o desejo de que as hostilidades cessem.