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Índia tenta escapar da ira de Trump contra o Brics e mira acordo

Índia busca neutralidade em meio a tensões comerciais com os EUA, enquanto tenta manter boas relações com Washington. O país se distancia das críticas aos Brics e reafirma seu compromisso com a estabilidade econômica global.

A Índia busca se proteger da reação do presidente americano Donald Trump em relação aos Brics. O país afirma que não tem planos de desafiar o domínio do dólar dos EUA.

Trump rotulou os Brics como “antiamericanos” e acusou o grupo de tentar minar o papel do dólar global. Ele advertiu sobre a possibilidade de uma tarifa de 10% sobre todos os membros do grupo, incluindo a Índia, mesmo citando um acordo comercial próximo com Nova Déli.

Recentemente, Trump impôs novas tarifas, como 50% sobre o Brasil, uma das mais altas até agora, após a cúpula do Brics no Rio de Janeiro, que resultou em um comunicado conjunto criticando as tarifas que distorcem o comércio.

Enquanto Brasil e África do Sul criticaram Trump, a Índia se absteve de comentar, indicando uma tentativa de manter boas relações com Washington. Autoridades indianas observam as ameaças tarifárias, mas não veem um motivo imediato para alarme.

O foco da Índia não é minar o domínio do dólar, e o país não apoia ideias de uma moeda única do Brics. Qualquer movimentação em acordos comerciais com moeda local visa apenas reduzir riscos, segundo autoridades que pediram anonimato.

Com a Índia assumindo a presidência rotativa do Brics em 2026, o país pretende se diferenciar da China e Rússia, que buscam criar um bloco mais oposto aos Estados Unidos.

O Ministério do Comércio e Indústria da Índia não comentou a situação. Durante uma coletiva, o diplomata P. Kumaran esclareceu que não houve discussões entre Modi e o presidente brasileiro sobre as tarifas de Trump.

Historicamente, a Índia é considerada uma parceira estratégica pelos EUA e um contrapeso à crescente assertividade da China. No entanto, os laços tensionaram após Trump reivindicar ação de mediação entre Índia e Paquistão, o que Modi negou.

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