Índia x Paquistão: como começou o conflito entre os dois países, que têm armas nucleares
Conflitos históricos entre Índia e Paquistão ressurgem, destacando a disputa pela Caxemira. A recente escalada de tensões, incluindo ataques e a suspensão do Tratado das Águas do Indo, aumenta as preocupações sobre um possível conflito armado.
Conflitos entre Índia e Paquistão geram preocupações internacionais sobre uma possível guerra. A luta pela Caxemira começou com a independência em 1947, resultando na criação de dois Estados com base em diferenças religiosas: a Índia (maioria hindu) e o Paquistão (maioria muçulmana).
A partição causou a migração forçada de milhões e cerca de um milhão de mortes. A Caxemira, de maioria muçulmana, foi anexada à Índia, levando à primeira guerra indo-paquistanesa (1947-48) e à criação de uma linha de controle.
Em 1965, outra guerra ocorreu pela Caxemira, mas a tensão persistiu. O Paquistão enfrentou problemas internos em 1971, mas a questão da Caxemira continuou central nas relações entre os países.
No final da década de 1980, o aumento de hostilidades levou mais de 500.000 soldados indianos à região. Em 1998, ambos os países realizaram testes nucleares. O conflito de Cargil em 1999 e ataques terroristas em 2001 e 2008 exacerbaram ainda mais as tensões.
Em 2019, o governo indiano revogou o status semiautônomo da Caxemira, exacerbando a situação. Recentemente, em abril, um ataque na região matou 26 pessoas, levando o Paquistão a cancelar vistos para indianos e fechar seu espaço aéreo.
O ataque foi o mais mortal em anos e, embora a Índia tenha culpado o Paquistão, sem evidências diretas, o país negou envolvimento. O Paquistão também alertou sobre a suspensão do Tratado das Águas do Indo, que regula o uso das águas entre os dois países, classificando desvios como “ato de guerra”.
Com AFP e O Globo.